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Da minha vida

 Nunca achei que eu terminaria assim.  Sozinha. Não gostando da onde estou. Não gostando de quem me tornei. Cheia de arrependimentos.  Com vontade de desenhar até o vermelho quente se esvair pela minha pele rosada, junto com um último suspiro.  Mas acho que esse sentimento começou há quase um ano atrás, quando tive meu único rebento.  Este, que utopicamente, o mundo suspira aliviado ao notar que uma mulher está seguindo seu caminho natural como procriadora e está contribuindo para a sociedade de maneira efetiva e do jeito que tem que ser. Até porque, desde sempre foi assim. A mulher serve para parir. Ponto. Sublinha. Risca embaixo.  E é isso.  Desde que esse fatídico dia aconteceu, me sinto desconectada com quem eu sou ( mesmo se eu soubesse, quem eu sou, exatamente - o que não sei- mas não me sinto conectada a nada).  Abdiquei muito para criar este rebento, noites de sono, juventude, tranquilidade, cabelos antes que brilhavam agora caem e não são repostos. Esquecimentos constantes, tr

O que fazer

 Sempre me vi como uma pessoa com um grande futuro pela frente: feliz, realizada dentro da profissão que eu escolheria, uma família talvez, cachorros com certeza, viagens (nacionais e internacionais!) e muita tranquilidade.  Bem, é o que não aconteceu.  A única coisa que chegou no futuro foi, basicamente, o futuro. Nada de bom veio com isso. Muitas decisões. Muitas incertezas. Que faculdade eu faço? Quem é a pessoa ideal para mim? Como que paga a conta de luz? Como eu faço para não gastar tanto?  Tudo começou com meus recém completados 17 anos, eu, jovem, mas com alma de adulta, decidi ir em busca da primeira faculdade, uma faculdade de engenharia longe de casa. Óbvio que não deu certo. Com 20 já estava repleta de cicatrizes, traumas, decepções e mais dúvida do que fazer pela frente.  Mas essa não é a história que quero começar aqui.  O supracitado acima é só uma parte da minha vida, uma parte que já descansa em paz, assim como eu num futuro próximo. Eu sei, não devemos falar coisas as

Não sei mais

 Antigamente, há uns muitos 12 anos (mais?) eu gostava de ler blogs, acompanhava todos os dias diversas publicações em inúmeros periódicos, dicas de maquiagem, fatos sobre a vida, ou piadas corriqueiras.  Hoje, decidi reviver esse hábito para mim, para ver se eu consigo tirar um pouco da minha cabeça esse desespero, essa agonia de viver. Não é engraçado? A gente acha que é adulto, crescido, maduro. Porém, não me sinto assim, me sinto um grande lixo ambulante. É nesse prelúdio que eu começo a contar: eu não aguento mais a minha vida.